Lei da atração?!... Fé?!... Sorte?!... Destino?!... A escolha é sua.
"Pensamentos geram sentimentos, que geram ações, que geram resultados (tanto positivos quanto negativos)." fatorW
40 dicas para cuidar da AUTO-ESTIMA; A Lei da Atração; Vida Fácil; fatorW; Cidade do cérebro
Livro: Você é do tamanho de seus sonhos
Hoje eu lembrei de Janice (na verdade eu tenho lembrado bastante de Janice). Há muitos anos morei em uma cidadezinha no interior de São Paulo. Foi assim que acabei topando com ela.
Esta história seguiria um outro rumo se a sua heroína tivesse uma personalidade diferente. Janice tinha uma vida dura. O pai abandonara a família e aos 22 anos, ela como a mais velha de três irmãs e personalidade mais forte, tomou o comando da casa. Com a agravante de ter a mãe e a irmã caçula com sérios problemas de saúde, portadoras de uma doença hereditária que impedia a ambas de trabalhar ou fazer qualquer tipo de esforço, ela dava duro para manter a geladeira abastecida o mês inteiro.
Mais do que saber esticar um salário minguado, a forte personalidade de Janice garantiu que sua família nunca passasse por dificuldades. Ela correu atrás do pai para exigir pensão para a mãe e a irmã, assegurando a continuidade dos caros remédios e cobrou do destino a vida a que tinha direito, pelo menos assim ela acreditava.
Para salvação e felicidade de sua família, Janice tinha algo que falta à grande maioria das pessoas: autoconfiança. Achava-se bonita, gostosa e sua alquimia entre criatividade e moda resultaram em um estilo pessoal equilibrado. Quem a olhasse não diria que era uma menina pobre. Tinha postura de vencedora. Caminhava empertigada, pisando firme e entrava em qualquer local com o orgulho e a segurança de quem sabe o quanto vale, que, em seu próprio conceito, era muito. Ela detestava que as pessoas andassem de qualquer jeito com a desculpa de serem pobres. Pegava no pé das irmãs, dava bronca se andassem com “cara de pobre”.
Aliás Janice tinha ojeriza de tudo que cheirasse a simplicidade. Gente sem brilho, piduncha, chorona, para ela era “morto vivo”, “vampiro”... Assim ela designava gente sem ambição, que usa a pobreza como desculpa. Isso sim, dizia ela, é que é ser pobre. Já com ela mesma, seu feeling percebia sucesso lá na frente. Ela sonhava alto, dentro dela tinha um mundo colorido para chamar de seu.
Durona não admitia ser destratada, nem passada para trás só porque era de família simples, e não dava a mínima para o que dela falavam. Cretinice e falsidade era algo que percebia de longe. Talvez por seu jeito, seu ego enorme e auto-estima nas alturas, Janice ganhava olhares tortos, invejosos, seu nome vivia na boca do povo.
Algo bem notório em cidades pequenas é a separação social. A cidade era dividida entre o pessoal da Vila Nova, o bairro popular, e o “da cidade” em si. As famílias da cidade eram referidas pelo nome. Já os da periferia eram apenas chamados de “gente da Vila Nova”, o que significava pé rapado.
Janice, como muitas meninas, gostava de se divertir nas cidades vizinhas, longe dos olhares de superioridade, narizes empinados e dedões apontando como se mostrassem aberrações. Foi assim que conheceu o “amor de sua vida”, um rapaz rico, bonito, bem educado, mas imaturo para seus 27 anos. Formado em economia, pilotava bons carros, vestia etiquetas famosas, e, claro, seus amigos eram todos ricos. As meninas da turma, disfarçavam o receio da concorrência, torcendo o nariz com ares de importância. Janice chegava ao barzinho, discoteca, onde fosse, via o amado e lá ia ela, altiva e indiferente aos olhares venenosos.
Já Marcos envergonhava-se. Ele percebia em Janice uma certa falta de finesse, assim era importante mostrar aos amigos e à própria Janice que seu interesse era em 'zoar' com ela. Inúmeras vezes a ignorou propositalmente, jogando-se nos braços de outras meninas.
O tempo foi passando. Durante os períodos em que Marcos se comprometia em namoros com as “riquinhas”, Janice quase não o encontrava e quando tal acontecia, tinha que amargar vê-lo aos beijos nos braços de outra. Nesses períodos, ela ele quem a procurava, quando menos ela esperava, e lá iam os dois para algum local escondido longe da chacota dos tais que ele chamava de amigos.
Quero, no entanto, registrar que Janice não era do tipo de ficar em casa amargurada, chorando feito uma Madalena. Nada disso! Ela se arrumava toda e ia à luta. Dançava, divertia-se, chegava mesmo a ficar com outros rapazes. Sua teoria era que “É preciso alimentar o ego.” Magoada? Sim. Com dor de cotovelo? Sim. Triste? Muito, mas choramingar ou cobrar? Nunca! Jamais! Até porque ela se agarrava à convicção de que Marcos gostava mesmo era dela e que uma hora iria assumir isso.
Claro que havia escorregadelas, afinal ninguém é de ferro. Desabafava, chorava, lavava a alma, botava a dor para fora, mas eram apenas momentos, coisa de pouca duração mesmo. Logo ela estava enxugando as lágrimas e fazendo piada da situação, rindo de si mesma, dando suas gargalhadas características. E a vida seguia.
Um dia mudei de cidade, fui trabalhar em um novo lugar e nosso contato foi se espaçando até emudecer. Passaram-se quase dois anos. Uma hora o telefone tocou. Era Janice! Ela falou que estava casada com o amor de sua vida e tinham já um filho. Contou que num dos encontros clandestinos, ambos se entregaram tanto ao momento que “a brincadeira acabou em gravidez”.
No início ela assustou, mas só no início, logo ficou feliz, porque afinal teria um filho do seu grande amor e se não ficasse com ele, não ficaria com ninguém. Claro que não foi atrás dele, disse. Ela o conhecia bem demais para saber que ele iria se acovardar no medo, na vergonha. “Imagina um homão daqueles com medo do papai!” disse com seu costumeiro bom humor.
Contou que curtiu a gravidez, sem pensar no futuro, nem se importar com o falatório. Percebia os olhares e cochichos nas suas costas, mas sua reação fora a sua velha fórmula dos dois is: “ignorar ignorante.” Algumas coisas chegaram aos seus ouvidos, “O de sempre! O povo não é criativo nem fazendo fofoca” disse gargalhando novamente. Chegaram a falar que era bem feito, que ela quis dar o golpe do baú, e que o tiro saira pela culatra. Mas ela seguira firme, orgulhosa de sua barriga, não deixou nunca que a língua ferina dos outros a “botasse pra baixo”.
O bebé nasceu e um dia Marcos veio conhecê-lo. Segundo Janice apareceu feito um rato assustado. Olhou em volta... “Acho que ele tava morrendo de medo de ser assaltado. Olhou os pivetes que jogavam bola, preocupado com o carro lustroso. Depois ele me contou que um montão de gente tinha falado pra ele que o filho podia nem ser dele, que eu era uma galinha... Não dá vontade de dar uns tapões?” As visitas foram virando rotina e logo ele arrumou coragem para pedi-la em casamento.
Janice foi morar numa bela casa e teve mais um filho. Ela sempre imaginou seu futuro bem colorido e, claro, ao lado do amado. Logo de caras impacientou-se com Marcos por ele ser formado em economia e trabalhar como um zé ninguém num supermercado do "papai". Decidiu que não queria isso para ela. Pediu ao marido certa quantia em dinheiro e começou a investir na revenda de semi jóias, algo que ela adorava. O negócio deu tão certo que logo ela tinha uma loja, depois outra, outra e mais outra, tornando-se desta forma, uma feliz, rica e bem sucedida empresária.
Não faz muito tempo fiquei sabendo que o jornal da sua cidade, homenageou-a com uma matéria onde contavam suas conquistas como empresária, “orgulho para a nossa cidade”. Isto sim, certamente é algo que ela nunca imaginou já que o jornal pertence às pessoas que outrora a apontavam como a pobretona ou má companhia para as filhas. Uma coisa é certa, Janice deve ter dado boas risadas com tudo isso.
Isto aconteceu num tempo em que ninguém falava de lei da atração. Quis contar a história inteira, falar bastante da personalidade da dona para mostrar que auto-estima é algo extremamente importante no processo e também para perceberem como as pessoas usam a lei inconscientemente. Janice nunca se achou inferior a ninguém, nem nunca aceitou a idéia de permanecer pobre, ou que tal condição fosse desígnio de Deus, apesar de ter crescido em ambiente bastante religioso.
Portanto, antes de mais nada, ame-se, sinta-se no direito de não apenas pedir, mas exigir seu quinhão de felicidade. Livre arbítrio é a arma que você tem, é a sua força, sua varinha mágica, algo que 'Deus' nunca daria se decidisse de antemão o destino dos homens. Concorda? Perceba a falta de lógica de tal crença. Você pode até ter escolhido nascer no ambiente em que nasceu, viver a vida que tem, aceitado o sofrimento como sina, mas agora você sabe que o poder está dentro de você, portanto se você não apenas acha, mas tem absoluta certeza que merece mais, então pegue logo o que é Seu!
Portanto, antes de mais nada, ame-se, sinta-se no direito de não apenas pedir, mas exigir seu quinhão de felicidade. Livre arbítrio é a arma que você tem, é a sua força, sua varinha mágica, algo que 'Deus' nunca daria se decidisse de antemão o destino dos homens. Concorda? Perceba a falta de lógica de tal crença. Você pode até ter escolhido nascer no ambiente em que nasceu, viver a vida que tem, aceitado o sofrimento como sina, mas agora você sabe que o poder está dentro de você, portanto se você não apenas acha, mas tem absoluta certeza que merece mais, então pegue logo o que é Seu!
40 dicas para cuidar da AUTO-ESTIMA; A Lei da Atração; Vida Fácil; fatorW; Cidade do cérebro
Livro: Você é do tamanho de seus sonhos
Nossa maravilhosoo o post, uma história increivel e que anima nos anima, porque muitas vezes corremos atras, lutamos e quando vemos que nao da certo entra, o desanimo.
ResponderExcluirMas é isso ai, se amar em primeiro lugar, ser positiva e lutar sempre pelos objetivos.
Um abraço
Uma história muito bem contada que relata a vida de muitas Janices por ai.
ResponderExcluirMuita realidade de fatos porém muita leveza ao se relatar.
Gostei muito do seu espaço.
Abraços
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMalu, agradeço o comentário.
ResponderExcluirA vida/experiência de cada pessoa, qdo dividida torna-se experiência tb nossa, isto, claro, se soubermos tirar proveito da informação, por isso n devemos subestimar ninguém. Há sempre algo a aprender com o outro, basta estar atento.
Kamilla, 1º obrigada pela leitura. (tinha escrito o nome errado. Desculpe!
ResponderExcluirCada dia me convenço mais disso. Tenho muitas histórias q poderia contar em q vc percebe a vontade da pessoa abrindo os caminhos, mas para tal é preciso dar-se valor (td mundo tem), ter objetivos e n ficar mudando a td hora só pq tá difícil, na verdade qdo vc persiste, vc tá se valorizando, pq desistir significa q vc concluiu q n merece o q deseja. Pense nisso!
precioso tu espacio!
ResponderExcluirun beso.
Gostei do blog, parece uma ilha de bom gosto e criatividade num mar de mediocridade que é a blogsfera. Vou visitá-lo mais vezes. JAIR.
ResponderExcluirObrigada, Patricia, Tb gostei bastante do teu blog.
ResponderExcluirObrigada, Jair! Vi que vc é bem produtivo. Três blogs e um livro? Parabéns! Para mim por enquanto sobram idéias e vontade. Falta o tempo, tempo que me escapa tb no momento para estender a minha visita aos seus espaços, além de uma internet mais rápida :(, mas logo voltarei para te conhecer melhor.
ResponderExcluirAí garoto. Nossa vida e o que atraímos para ela tem a ver com os pensamentos renitentes que vão se embasando, que se transformam em crenças e tendem a se materializar. Bela postagem! Grande abraço!
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