Canalhas - bolhas de vaidades



Um canalha a menos no mundo… Palmas para ele. Isso é raríssimo. Esses tipos não pedem desculpa, eles se acham… Infelizmente ainda tem muito canalha por aí mascarado de santo da porta para fora e com sua vítima da porta para dentro. Vítimas que passam uma vida no sofrimento porque sequer sabem que são vítimas, até que alguém lhes abra os olhos. Este tipo de canalha fragiliza o self da vítima, geralmente o companheiro(a), com humilhações, assim fortalece o próprio ego. É tão bom no que faz, que a própria vítima se convence de sua inferioridade e assim vira o tapete, depois o papel higiênico e finalmente a privada do verme. Da porta para fora, eles são generosos até com dinheiro. A galera fica encantada, os familiares orgulhosos, porque além de tudo, têm aquele discurso lindo, caloroso, amigo e empático com todos. 

Gostam de escutar a própria voz, pois acham que tudo o que dizem são verdades inquestionáveis. Dão um toque aqui e ali para humilhar o companheiro(a) publicamente, tudo muito bem entrelinhado, sempre fazendo a caveira do outro coitado, mas com aura de humor carinhoso, sem que ninguém perceba o risinho zombeteiro e o olhar velhaco. Para o mundo, quase um santo, para o companheiro(a) um algoz.

Gostam de exibir os presentes que oferecem à sua vítima. A intenção é sempre de mostrar suas qualidades e posses, sem esquecer a humildade de falsete. É preciso entrar na dele, seguir o script, ser coadjuvante, abrilhantar o cenário, sem esquecer a deixa oportuna. Mas, se por outro lado, fugir do roteiro, falar algo que lhe mexa nos brios, surtam. Com o ego exacerbado têm uma visão grandiosa de si mesmos, por isso não suportam críticas, perdem as estribeiras, por um momento a máscara cai, gritam, barafustam, vomitam ofensas e humilhações na cara, depois fazem bico, ficam amuadinhos, improvisam um teatrinho, se passando por vítimas. Já na hora de ofender não há escrúpulos. 

Os monstrengos têm sempre argumentos grandiosos para explicar o seu comportamento. Verdadeiros vampiros emocionais, sugam o outro lentamente, incomodados que o companheiro(a) atraia demais a atenção e lhe tire o brilho. ZERO de empatia e consciência. Deitam na cama, viram pro lado e roncam feito porcos, sem culpa nem desculpas. 

Têm um olhar gelado para o sofrimento do companheiro, isto porque do ponto de vista deles, o outro é que não vale nada por isso espezinham com uma frieza cruel. Habilidosos na manipulação das emoções alheias, levam o parceiro(a) a se questionar se estarão sendo injustos ao expressarem raiva e lhes apontarem tais defeitos, serão sentimentos inconscientes? Se perguntam na boa fé. Pode até ser, mas isso não os torna menos canalhas e bizarros.  

Apesar de tanta informação na internet, especialistas ensinando a identificar estas criaturas do pântano, ainda há muita gente por aí sofrendo no silêncio, entre quatro paredes, escutando do companheiro(a): você está doente, vendo coisa demais, procura um psicólogo.  

Você aí, sente as dores de cicatrizes internas corroendo a sua alma? Busque um profissional, se você gostar ainda muito dessa pessoa e tiver alguma certeza que apesar de tudo, ela também gosta de você, e se sentir segura para uma conversa amigável, para convencer seu companheiro a fazer uma terapia individual e conjunta, vá em frente. Caso contrário, caia fora, para salvar a tua vida e a possibilidade de achar a vida serena e verdadeiramente feliz que merece. 

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