Feliz ANO NOVO

“As únicas limitações são aquelas que estabelecemos em nossa mente” Napoleon Hill

A sequência dos vídeos está à disposição no mesmo endereço.
Na passagem do ano, gente no mundo inteiro agradece (nem todas) o ano que passou e, talvez até, todos os anos anteriores, renovando e acrescendo novos sonhos à sua lista de desejos para o ano que vai iniciar. Fechei 2010 lendo histórias inspiradoras de pessoas que alcançaram metas, desejos, sonhos com base no princípio do desejo, da fé e da persistência. Entre elas destaco a história de Blair.

Blair veio ao mundo sem qualquer vestígio de orelhas e com a infeliz sentença médica de que dificilmente conseguiria ouvir e falar. Olhando para o menino que nascera há poucos minutos, o pai decidiu para si mesmo que aquela criança, que a natureza enviara sem orelhas, iria ouvir e falar sim.

Desde o minuto em que expressou tal desejo silencioso, aquele pai acreditou que de alguma forma encontraria um jeito de transplantar para a mente da criança sem ouvidos o seu ardente desejo. Muitos anos antes este mesmo pai formara a firme convicção de que a limitação é um estado de espírito e agora a natureza servia-se de seu próprio filho para desafiar tal crença. 

O pai renovava religiosa e diariamente a promessa de que seu filho ouviria e falaria. Acompanhava o desenvolvimento do menino com um zelo e atenção admiráveis e a certa altura teve a impressão de que o garoto escutava minimamente. O menino não falou na idade em que as crianças normalmente falam, mas ainda assim o pai tinha a certeza, por atitudes da criança, que ele percebia alguns sons. Essa certeza transmitiu-lhe a segurança de que o menino desenvolveria a audição.

A confiança surgiu de um toca-discos que fascinou o garoto. Ele cravava os dentes na beira da caixa de som e ali permanecia por até 2 horas. Era uma época em que as pessoas desconheciam a condução óssea do som, assim as ações do garoto eram puro instinto. O contato diário e atento levava a descobertas contínuas sobre as limitações e potenciais auditivos do pequeno Blair.

A grande descoberta vinda do entusiasmo de Blair pelo toca-discos foi que ele podia escutar com alguma clareza quando falavam tocando os lábios no osso mastóide (saliência óssea atrás da orelha) ou na direção da base do cérebro. Descobertas e recursos que deram ao pai os meios para realizar seu desejo de ajudar o filho a desenvolver a audição e a fala.

O menino principiou a emitir sons que pretendiam ser palavras. Era uma perspectiva distante das aspirações paternas, mas ainda que pouco animadoras o otimismo do pai enxergou um começo de vitória. Crente que o garoto o entendia, logo ele começou a transmitir à mente do filho o desejo de ouvir e falar. Blair demonstrava contentamento com as histórias contadas toda a noite, na hora de dormir, no pé da orelha inexistente. As histórias criadas pelo pai destinavam-se a desenvolver a autoconfiança, a imaginação e um intenso desejo de ouvir e ser normal.

A idéia principal era plantar na mente da criança o pensamento de que sua deficiência era vantagem de grande valor. O pai não fazia idéia de como tal deficiência se tornaria um fator positivo, mas acreditava que “cada adversidade traz consigo a semente de uma vantagem equivalente” e embora a razão lhe dissesse o óbvio, tal filosofia alimentava seu desejo e fé de que um dia o filho encontraria uma forma de tirar proveito da própria deficiência.

O menino nunca questionou o que o pai lhe dizia e talvez tal passividade tenha sido o grande incentivo para seu pai persistir nos exercícios noturnos, discutir com diretores de escola que seu filho estudaria com crianças normais e que com a boa vontade e esforço do próprio Blair, dos pais e professores ele aprenderia e se desenvolveria normalmente como qualquer criança.

À noite ele falava para o menino que sua condição era na verdade uma vantagem, pois ele contaria sempre com atenção especial e gentileza das pessoas, dos professores, algo que a esposa tratava de garantir com um trabalho social adequado, como visitas e amabilidades, pedindo atenção e cuidados com aquele aluno.

Longe de ser um menino tímido, como era comum em crianças deficientes, Blair mostrava-se espevitado e entusiasmado em seguir os passos dos irmãos. Quando chegou à idade de querer ganhar uns trocados não hesitou nem diante da recusa da mãe em deixá-lo sair pela rua sozinho. Fugiu de casa, pegou uma quantia emprestada de um vizinho, comprou jornais e saiu vendendo-os. Ao final do dia ele devolveu o empréstimo e ainda saiu no lucro. Naquela noite Blair dormiu com o dinheiro ganho sentindo o gosto das muitas vitórias que seu pai lhe prometeu.

O menino surdo cursou o ensino fundamental, o médio e a faculdade, isto sem nunca freqüentar escolas especiais e sem nunca aprender a linguagem de sinais, apenas escutando os professores, quando estes falavam perto de si e bem alto. Decepcionado com sua primeira experiência com um aparelho de surdez, pela simples razão de ter nascido sem qualquer vestígio de sistema auditivo natural, Blair hesitou diante de uma segunda experiência às vésperas de terminar a faculdade. Quando finalmente decidiu colocar o pequeno aparelho que ainda estava em fase de testes, a mágica aconteceu, seu desejo de ouvir tornou-se realidade.

A fé transmitida pelo pai mostrava enfim seus resultados, mas o desejo não estava completo. Entusiasmado com aquele mundo novo dos sons, ele escreveu uma carta ao fabricante expressando toda a comoção que sentia com o uso do aparelho. As emocionadas palavras renderam-lhe um convite da companhia para conhecer a fábrica. Durante a visita teve a idéia, o impulso, a inspiração, o que quer que queiramos chamar, de ajudar outros deficientes auditivos.

Pesquisando, analisando, estudando o sistema de marketing da empresa fabricante dos aparelhos de surdez criou meios de comunicar-se com deficientes auditivos do mundo inteiro de forma a partilhar com eles seu “mundo diferente”, apresentando à empresa suas idéias cuidadosamente elaboradas. Logo lhe ofereceram um cargo para colocá-las em prática.

Blair tornou-se sócio da companhia e um dia convidou seu pai a assistir a uma aula oferecida pela empresa para ensinar surdos-mudos a ouvir e falar. O que o pai viu foi o seu próprio método usado por ele há mais de 20 anos para livrar seu filho de um triste destino. Se tinha sido possível para um seria para outros. Fato é que Blair examinado mais recentemente por um eminente médico que se admirara com sua desenvoltura em falar, confirmara que não possuía qualquer abertura no crânio que permitisse a ligação entre som e cérebro.

Espero que esta história seja tão inspiradora para você, visitante deste blog, quanto o é para mim. O autor, personagem e pai do jovem Blair é alguém de quem certamente todos ouviram falar. Napoleon Hill resumiu toda a sua vida dedicada à pesquisa sobre sucesso e realização em um livro de grande valor “A lei do triunfo”. A pesquisa envolveu 16 mil entrevistados, de todas as classes sociais, credos e gênero, e antes de ser difundida foi submetida a homens de cultura e vivência capazes de analisá-la e criticá-la. A pesquisa passou também pelo crivo de duas importantes Universidades americanas  que a analisaram com a finalidade de corrigir e ou eliminar declarações que parecessem sem base. Nem uma única modificação foi proposta.

Se você, amigo leitor e visitante deste blog, se detiver a analisar sua vida e das pessoas que conhece intimamente, descobrirá que nossas vidas são fruto de nossos próprios desejos e se você reconhecer tal verdade nessa reflexão que proponho, concluirá, como eu, que no que se refere a realizações e fracasso, nem o céu nem o inferno são o limite. E é com base no respeito e confiança nos ensinamentos de Napoleon Hill que divido e estendo a você meus votos de um novo ano cheio de realizações para mim, meus familiares e amigos.

Lembre-se que tudo começa com um desejo veemente e uma vontade persistente em ser ou ter. O que quer que você deseje assim seja.
Faça-se conforme a sua fé!

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