Testemunha silenciosa: “Você lembrou das batatas?”
"Sensibilidade... A habilidade de SENTIR! Sentir na plenitude cada momento, cada pessoa, inclusive a si mesmo! Sem frescuras, sem enfeites, sem máscaras!" Gênice Suavi
Em meio ao grupo de pessoas que aguardava o elevador, duas jovens mães avaliam o bebê uma da outra, trocam informações e logo todos ficam sabendo que as crianças apesar da distinção em tamanho e vivacidade, têm a mesma idade. A diferença era tão notória quanto o foi a reação das duas mulheres.
Uma ergueu seu bebê como se quisesse que todos o admirassem e logo o gargalhar sonoro contagiava os presentes. Com um desconsolo beirando a preocupação, a outra mãe falou que não entendia porque seu filho não engordava e parecia não crescer. Talvez devessem falar com o pediatra, disse olhando o companheiro. Cega aos sentimentos da outra, a mãe do bonito e simpático bebê, estimulava as risadas do pimpolho, e olhava em volta, como que aguardando aplausos, desandando a falar das tantas espertezas do seu “nenê”.
Quanto mais ela falava, mais a outra mãe aconchegava o filho ao peito. O companheiro passou o braço por cima do seu ombro. De repente o outro pai, visivelmente embaraçado, pegou o filho dos braços da esposa e disse: “Acho que esquecemos as batatas”. Sem parecer ter escutado, a esposa seguiu discorrendo sobre os sucessos, olhares e simpatias que seu “nenê” atraía.
“Você lembrou das batatas?” Desta vez, ele posicionou-se bem na frente dela, olhando-a nos olhos. A esposa retribuiu um olhar irritado: “Batatas, que batatas?” inquiriu desnorteada. O pequenino puxou seu cabelo, rindo e palrando satisfeito. A mãe pegou-o de volta num gesto brusco. Assustado o bebê ameaçou chorar. “Viu o que você fez?” disse irritada. A brincadeira do balanço logo lhe devolveu o gargalhar feliz. Ela afastou-se do marido e aproximou-se da outra mãe que se aconchegou ao corpo do marido, enquanto fingia escutar a retomada do desenrolar sem fim de habilidades que seu filho não possuía.
Imagem do blog Arte Blog
Em meio ao grupo de pessoas que aguardava o elevador, duas jovens mães avaliam o bebê uma da outra, trocam informações e logo todos ficam sabendo que as crianças apesar da distinção em tamanho e vivacidade, têm a mesma idade. A diferença era tão notória quanto o foi a reação das duas mulheres.
Uma ergueu seu bebê como se quisesse que todos o admirassem e logo o gargalhar sonoro contagiava os presentes. Com um desconsolo beirando a preocupação, a outra mãe falou que não entendia porque seu filho não engordava e parecia não crescer. Talvez devessem falar com o pediatra, disse olhando o companheiro. Cega aos sentimentos da outra, a mãe do bonito e simpático bebê, estimulava as risadas do pimpolho, e olhava em volta, como que aguardando aplausos, desandando a falar das tantas espertezas do seu “nenê”.
Quanto mais ela falava, mais a outra mãe aconchegava o filho ao peito. O companheiro passou o braço por cima do seu ombro. De repente o outro pai, visivelmente embaraçado, pegou o filho dos braços da esposa e disse: “Acho que esquecemos as batatas”. Sem parecer ter escutado, a esposa seguiu discorrendo sobre os sucessos, olhares e simpatias que seu “nenê” atraía.
“Você lembrou das batatas?” Desta vez, ele posicionou-se bem na frente dela, olhando-a nos olhos. A esposa retribuiu um olhar irritado: “Batatas, que batatas?” inquiriu desnorteada. O pequenino puxou seu cabelo, rindo e palrando satisfeito. A mãe pegou-o de volta num gesto brusco. Assustado o bebê ameaçou chorar. “Viu o que você fez?” disse irritada. A brincadeira do balanço logo lhe devolveu o gargalhar feliz. Ela afastou-se do marido e aproximou-se da outra mãe que se aconchegou ao corpo do marido, enquanto fingia escutar a retomada do desenrolar sem fim de habilidades que seu filho não possuía.
Imagem do blog Arte Blog
Os pais - em especial as mães, pois foi quem gerou e é quem instintivamente mais protege o bebê - tendem a ficar ansiosos quando a situação descrita acontece. Já passamos por isso duas vezes: com as filhas e com os netos. Minha filha foi mãe aos 16 anos e meu neto esteve conosco até os dois anos e meio.
ResponderExcluirNaquele elevador, algum pai ou mãe com mais experiência poderia ter dito que cada bebê tem o seu tempo para cada coisa, pois são ímpares.
A atitude do outro pai deixou claro isto.