Os buracos negros da mente humana

Altruísmo, respeito, compaixão, empatia... SIM!
Buscar isso é ótimo para nós e o mundo. Mas... Cuidado!...
Tendemos a tomar partido, ou as dores dos outros, com base na afetividade, parentesco, amizade... Entretanto, alto lá! Muita atenção às injustiças!

É preciso lembrar, ou melhor, ter a percepção de que, independentemente dos laços que ligam dois indivíduos, cada pessoa enxerga o mundo, os fatos, com base nos seus valores, nas suas crenças, nas suas experiências pessoais e no conseqüente aprendizado/crescimento.

Assim, não há verdades absolutas. A verdade de um difere da verdade do outro, independentemente dos vínculos pessoais. Imagine que uma amiga chega pra você contando, entre lágrimas, uma história dramática de que teria acolhido a amiga do peito em casa e que esta seduzira o marido e lálálá... Já viu, né? Aí, você, indignada, sai espalhando a história. O tempo passa e um belo dia você cruza numa festa com a 'oferecida' (a esta altura a coitada já tem até apelido), pois quis o destino que você escutasse o outro lado da moeda. E ali está você diante de outra versão, nesta a coitada saiu correndo da casa, porque o marido da talzinha chegou ao ponto de aparecer diante dela de cueca, e o 'maridão bão', aos olhos do mundo, - e espertalhão -, tratou de correr ao ouvido da esposa e, como uma donzela desflorada, se disse vítima de assédio.

Como você se sente diante disso?  Veja que você ajudou a caluniar uma pessoa que mal conhecia, apenas porque confiou nas palavras da sua amiga. Na verdade esta é uma história comum. Há muitas histórias de cunho mais dramático. Certo é que qualquer pessoa poderia estar no lugar daquela coitada que saiu do episódio mal falada. E, afinal, quem já não foi injustiçado nesta vida?

E nessa dinâmica do diz que me diz, há ainda a considerar as pessoas cujo mundo está restrito ao próprio ego. Incapazes de enxergar o outro, a quilômetros luz da empatia, são movidos apenas pela cultura e a pressão social que empurra a uma obrigatoriedade de afeto sem qualquer profundidade, quase nulo ou, até mesmo, vazio de sentimentos humanitários, e uma noção deturpada do que é o ‘bem comum’. E, de novo, ATENÇÃO! *Não estou falando de psicopatas e bandidos.

Tais pessoas são pobres de vida interior e escravas de seu exterior. Vivem num universo minúsculo, onde o prestígio ou urgência da palavra ‘importante’ entra em nova escala, podendo ser atrelada a insignificâncias. Tudo vira de ponta cabeça como na toca do coelho. Sempre alertas aos outros em volta -, para combaterem, ou tirarem proveito de qualquer minúcia, que para este tipo de indivíduo, pode se tornar algo bem esdrúxulo, tentador ou ameaçador, como a simpatia de alguém, a cor dos olhos, o carro, as roupas, as amizades... Detalhes enfim que ganham amplitude em mentes (doentes?) muito mais comuns e ativas em nossas vidas, do que sequer imaginamos até que forças circunstanciais, desafiadas ou manipuladas, nos plantam diante delas. Pessoas inescrupulosas que jogarão seu nome na lama com o maior prazer. 

Take care and carry on! 

* Sobre psicopatas: - Psicopata Social: sementes do mal - Psicopata Social: sementes do mal(2)

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