Gente que é... gente!

Gente que não procura glórias

Perdi a comodidade da ignorância. (Michael Allred)

Admiro muitas qualidades nas pessoas e me maravilho. São qualidades que não tenho. De algumas estou bem distante. Anos luz! Fico admirando de longe, consciente da minha incapacidade. Não sei se devo sentir-me feliz com minha consciência, ou mais infeliz. Por um lado tenho o entendimento do que vejo e sinto, por outro tenho a consciência da inutilidade. Talvez a felicidade esteja mesmo na ignorância. Ser e fazer, ou não fazer, sem o saber.

Assisto na TV programas que falam de pessoas que vão para um campo de guerra salvar vidas, como se fizessem pouco caso da própria; gente que vai ao outro lado do mundo salvar os elefantes, os leopardos, os orangotangos... Gente que planta árvores porque agradece, cuida e ama a natureza. Gente que viaja pelo mundo mostrando a miséria da nossa alma, traduzida em imagens chocantes de rostos cadavéricos, chupados, denegridos pela fome e a doença. Gente que salva gente, que salva bicho que também salva gente.

Gente que arregaça as mangas, que trabalha de segunda a sábado, conta e estica os trocados para fazer durar no mês e, quando chega o domingo, vai ao asilo, ao hospital do câncer, estender e segurar a mão, sorrir, brincar e contar histórias para outras gentes a quem e por quem elas olham, só porque são... gente! Gente que não faz porque quer fazer bonito, enquadrar a foto, aparecer na TV, exibir o troféu. Nada disso! É gente que... só é gente; que faz porque sente o impulso, porque ouve o chamado da alma. Gente que nasceu assim... como deve ser, mais acabada, com bem menos para aprender.

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